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terça-feira, 20 de outubro de 2009
CHOVE
segunda-feira, 19 de outubro de 2009
COIMBRA NO SEU MELHOR (de novo)
Ao contrário do que os últimos meses nos fizeram crer, há muita vida (e frequentemente melhor, diria mesmo) para além da política.
Apesar de ter sido notícia em vários jornais, passou relativamente despercebida entre nós a publicação do ranking anual de instituições universitárias do jornal britânico “The Times”.
À semelhança do que acontece desde há quatro anos, a Universidade de Coimbra surge nesse ranking como a única instituição universitária portuguesa classificada entre as 4oo melhores do mundo. Relativamente à classificação do ano passado, subiu mesmo 21 lugares, tendo passado do 387º para o 366º lugar. Em simultâneo, é a terceira melhor das universidades de língua portuguesa, depois das universidades de São Paulo e de Campinas no Brasil e a sexta melhor da Península Ibérica.
Os critérios deste ranking têm em consideração diversos aspectos que permitem obter uma visão abrangente da realidade das instituições universitárias de todo o mundo. Entre esses critérios contam-se “a qualidade da investigação, a empregabilidade dos graduados, a internacionalização e a qualidade pedagógica dos cursos”. Por área científica, a Universidade de Coimbra obtém as suas melhores classificações em Artes e Humanidades, Tecnologia, Ciências Sociais e Ciências Naturais.
Num tempo em que é notório o desinvestimento público nas Universidades que tem tido como consequência uma descida generalizada das instituições universitárias portuguesas nos rankings internacionais, é de realçar esta excepção da Universidade de Coimbra.
Entre nós é frequente utilizar os sucessos ou insucessos dos outros como arma de arremesso. Numa altura de dificuldades generalizadas, particularmente do ponto de vista económico, seria bom que todos nos regozijássemos com os bons resultados que a Universidade de Coimbra tem vindo a alcançar, a que o reconhecimento internacional só vem dar o devido realce.
Estes sucessos são fruto de um trabalho profundo e continuado, quer dos seus órgãos de gestão, quer fundamentalmente do labor dos seus investigadores e professores.
Já aqui referi em artigos anteriores o elevado nº de centros de investigação da Universidade de Coimbra considerados de excelência de um ponto de vista estritamente científico, que a colocam entre as melhores universidades portuguesas também sob esse ponto de vista. A Universidade de Coimbra está hoje muito longe de ser uma instituição universitária regional, sendo claramente nacional e ocupando cada vez mais um papel relevante na Península Ibérica.
Para além do esforço no sentido da melhoria constante da sua qualidade, a Universidade de Coimbra tem tido igualmente uma acção meritória na ligação ao tecido empresarial e à Cidade através dos seus órgãos representativos, como é o caso da Câmara Municipal.
Para além do reconhecimento de todos os conimbricenses, seria de inteira justiça que todo o país designadamente os responsáveis pelo Ensino Superior, passasse a olhar para a Universidade de Coimbra como uma escola universitária do futuro e não como uma escola do passado, como muitas vezes sucede.
Publicado no Diário de Coimbra em 19 de Outubro de 2009
domingo, 18 de outubro de 2009
Marcelo
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Acorda, Europa!
"Oito anos perdidos. Dois tratados que não servem para nada. Três votos Não. Ignorada pela China e pela América. Ainda assim a maior economia do mundo. Por favor, alguém que acorde a Europa!"
Nem mais
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
LEGISLATIVAS EM BALANÇO
Nas eleições legislativas, que verdadeiramente estabelecem o sucesso ou insucesso das lideranças partidárias, houve claros vencedores e perdedores.
Os vencedores são o PS e o CDS.
O CDS ganhou, porque subiu a sua votação e foi a terceira força política. Ocupa um lugar crucial, por servir de charneira e dispor da possibilidade de influenciar a evolução política do país.
O maior vencedor é, evidentemente, o Partido Socialista, porque ganhou as eleições. Objectivamente, a campanha que levou a cabo, goste-se ou não, foi de uma eficácia surpreendente. De uma posição algo frágil após as europeias, evoluiu para um resultado quase oito pontos acima do PSD. Claro que o resultado alcançado ficou longe da maioria absoluta; mas desenganem-se aqueles que pensam que, por essa razão, haverá novas eleições dentro de dois anos. No actual contexto, não deverá ser difícil ao Governo do PS obter apoios pontuais na Assembleia para as votações cruciais à sua sobrevivência.
Já o PSD perdeu as eleições, qualquer que seja a perspectiva por que se observem os seus resultados. Em primeiro lugar, apesar de ter conhecido quatro lideranças desde essa altura, o número de votos recolhidos pelo PSD não variou desde as eleições de 2005, o que diz muito da receptividade das suas mensagens.
Sabe-se que as campanhas eleitorais encerram em si vários aspectos que se devem conciliar da melhor maneira, para se obterem bons resultados. Em primeiro lugar, temos a mensagem. Depois, temos a transmissão da mensagem, isto é, os meios utilizados para a fazer chegar aos seus destinatários que são os eleitores. Por fim, temos a percepção da mensagem por parte desses mesmos eleitores, que os leva a definir o seu sentido de voto.
Se olharmos para a campanha do PSD, só podemos concluir que ela falhou em todos os aspectos.
A mensagem não demonstrou qualquer ousadia ambiciosa, propondo algumas mudanças na situação existente, mas sem o espírito reformista claro que muitos portugueses exigiam. Foi mesmo perceptível um receio de fugir à agenda política estabelecida pela esquerda.
Os meios utilizados foram de tal forma escassos e inconsequentes, que a certa altura muitas pessoas se interrogavam da vontade real do PSD em vencer as eleições. Pelo contrário, a campanha profissional do Partido Socialista parecia a certa altura uma orquestra em que os diversos intérpretes colocados em diversos palcos tocavam as pautas que lhes haviam sido distribuídas de forma aparentemente dissonante, mas que ao ouvinte distraído soava completamente afinada no seu conjunto.
E aqui chegamos ao ponto crucial, que é a percepção dos eleitores. Eu não sei se o eleitorado português decide sempre de forma inteligente, como afirmou a líder do PSD poucos dias antes das eleições. O que eu sei é que, em resultado das mensagens dos partidos, os eleitores deram a vitória ao PS, deixaram o PSD no mesmo nível de há cinco anos, colocaram o CDS em terceiro lugar e o PCP em último, depois do BE.
Observando com objectividade, verifica-se que a percepção que os portugueses tiveram das propostas do PSD foi muito negativa, o que se reflectiu no mau resultado alcançado. Que os dirigentes e demais militantes do PSD meditem bem sobre tudo isto, porque os portugueses merecem e essencialmente precisam de muito mais e melhor do PSD, que corre o risco real de se tornar um partido de Autarcas (excelentes, em muitos casos), sem ter no entanto respostas a nível de Governo do país.
Publicado no Diário de Coimbra em 12 de Outubro de 2009
sexta-feira, 9 de outubro de 2009
Atahualpa Yupanqui
Aqui fica o "duerme negrito"