jpaulocraveiro@ gmail.com "Por decisão do autor, o presente blogue não segue o novo Acordo Ortográfico"
domingo, 2 de março de 2008
THAT'S AMORE
Para compensar, aqui fica uma antiga canção por Dean Martin em que até o ambiente, digamos um pouco italiano, lhe dá um tom especial e significativo.
sábado, 1 de março de 2008
PROFESSORES
Podem tirar o cavalinho da chuva.
No caso da Saúde, foram os próprios utentes que, com a sua revolta, levaram à saída do Ministro. Não foram os médicos ou os enfermeiros.
No caso da Educação são os professores a fazer a contestação. Não são os pais dos alunos, que deverão ser os mais interessados no sucesso da política educativa. A revolta dos professores será sempre apresentada como corporativa, como vindo de quem está contra as reformas, porque lhes ferem os privilégios obtidos ao longo do tempo.
Por outro lado, é evidente que as manifestações dos professores são tudo menos espontâneas, basta ver as camisolas negras que usam, que foram encomendadas por alguém, provavelmente os sindicatos.
Lamento, mas a realidade é mesmo esta: esta luta só favorece o Governo.
PRADA
O nosso Primeiro Ministro também fez a inconfidência, há poucas semanas, de revelar que usa sapatos Prada.
Não surpreende, por isso, que o Ministro da Economia Manuel Pinho se tenha descaido com este comentário, retirado da SIC ONLINE:
"Eu vinha cá comprar sapatos italianos, mas fiquei tão impressionado com a qualidade dos sapatos portugueses que vou levar sapatos portugueses. Vinha comprar sapatos italianos porque têm um óptimo nome em termos de design"
Apesar de os responsáveis políticos estarem sempre a elogiar a actual qualidade do calçado português a nível europeu, pelos vistos é melhor ver para crer.
Ainda bem que agora o Sr. Ministro da Economia já pode acreditar no que diz sobre esta sector importantíssimo da nossa economia responsável por uma boa fatia das nossas exportações e que puxa a nossa competitividade para cima, mercê do alto valor acrescentado que integra.
EDUCAÇÃO
Vai na linha do meu comentário anterior e mostra que ainda há quem não confunda os conceitos, ao contrário do que parece ser moeda corrente no Ministério da Educação.
"O que realmente interessa: a qualidade da transmissão de conhecimentos".
quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
AS "CRIANÇAS" E A EDUCAÇÃO
Assim se justificam as reformas que o ministério da Educação está a tentar levar a cabo.
Sem discutir aqui se estão certas ou erradas, critico frontalmente o conceito de base que lhe está subjacente.
O objectivo da educação não são as crianças (ou melhor dito, os alunos), mas a formação dos alunos.
Claro que as modernas "teorias da pedagogia" colocaram os alunos no centro do sistema, mas o que realmente está em causa é o resultado da formação global dos alunos, e não se vê maneira de dar a volta à questão, o que significa a continuação paulatina da descida da qualidade do ensino em termos internacionais.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
DESENGANOS
Pensava eu que a diminuição drástica do peso do Estado implicaria a privatização da RTP, mas afinal estava enganado
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
ÚNICO E INSUBSTITUÍVEL
No momento em que substituiu Fidel à frente do regime cubano, Raúl Castro considerou o irmão Fidel como único e insubstituível.
Se isso é verdade, apetece perguntar o que é que ele foi para lá fazer. Mas no fundo sabemos bem que o Castro Raúl é muito bem capaz de fazer o que o Castro Fidel fazia. Portanto não é único neste sentido. Mas é-o de facto porque na minha perspectiva cristã qualquer ser humano é único e insubstituível, o que qualquer bom marxista leninista não aceita, porque o que interessa é o interesse do colectivo (definido pelas vanguardas revolucionárias, claro está) a que se devem submeter os indivíduos.
Por outro lado, de líderes insubstituíveis estão os cemitérios cheios.
Não se espera qualquer coerência destes grandes revolucionários, mas não deixa de ser curioso como os regimes comunistas que resistem ainda nos dias de hoje adoptaram o nepotismo como sistema de escolha dos líderes que substituem os anteriores: Coreia do Norte e Cuba.
Diria ainda que o que mais impressiona nisto é a desculpabilização e mesmo compreensão manifestada por tudo isto pela nossa "inteligência" de esquerda.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
JARDINS E MUITO MAIS
Coimbra ganhou um novo espaço de usufruição pública com muito significado.
De facto, o novo jardim construído pela Câmara em Montes Claros, veio ocupar de uma forma inovadora, um espaço com muita História, embora eventualmente desconhecida de muitos nós.
Ao contrário do que tem acontecido nas últimas dezenas de anos, um espaço vazio no interior de uma zona citadina consolidada e não resultado de urbanização recente, foi ocupado com um jardim e não “rentabilizado” com outra utilização. Por acaso, para aquele local até estava prevista a construção de um equipamento, no caso o Arquivo Municipal. O edifício teria cinco pisos e constituiria mais uma “carga” para uma zona urbana já muito utilizada, como tem acontecido por toda a Cidade, com as consequências que todos conhecemos. Exactamente o contrário do que foi feito, por exemplo nos anos setenta, com a construção da Biblioteca Municipal que foi ocupar uma fatia significativa da zona verde do parque da Sereia, vendendo a Autarquia para urbanização o espaço que lhe estava destinado e que fora comprado com esse fim ainda antes do 25 de Abril, na Av. Calouste Gulbenkian.
O que muitos conimbricenses talvez não saibam é que aquele espaço vazio ao lado da Av António José de Almeida foi originado pela demolição do antigo “Bairro Operário” que ali existiu, ao lado do que nessa altura era o antigo Matadouro Municipal, onde hoje está a Igreja de Montes Claros.
O “Bairro Operário de Santa Cruz” era constituído por pequenas moradias viradas para a Rua António José de Almeida e para a actual Rua João Porto, com pequenas hortas no espaço situado entre elas e terá sido o primeiro bairro deste tipo em Portugal. O “Bairro Operário” foi construído com as verbas provenientes da oferta da diocese ao Bispo D. Manuel Bastos Pina em Maio de 1895, no vigésimo aniversário da sua sagração episcopal, tendo o Bispo colocado como condição de aceitação do dinheiro a sua utilização com esta finalidade. Ao lado do bairro existia uma pequena capela, cujo retábulo do Altar-mor se encontra hoje na Igreja provisória de Nossa Senhora de Lurdes.
Trata-se, pois, de um local com muita História, sendo a utilização como jardim, incluindo um parque infantil, particularmente feliz. Mereceria talvez que fosse chamado “parque do bairro operário”, atendendo a que a rua que o ladeia se chama já, e muito justamente, rua D. Manuel Bastos Pina.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
Sangue, Suor e Lágrimas
Os conjuntinhos de hoje bem podiam aprender umas coisas com esta gente.