Esta é a centésima crónica semanal da actual série que foi iniciada em Outubro de 2005.
O dia a dia atarefado da actualidade leva a que o tempo passe por nós bem mais depressa do que gostaríamos, esquecendo-nos demasiadas vezes de parar para reflectir e avaliar o percurso.
A crónica número cem justifica, a meu ver, que o seu objecto seja o conjunto dos textos entretanto publicados, não abordando qualquer assunto específico da actualidade como tem sucedido normalmente.
Aproveito por relembrar aqui algumas das orientações editoriais que ficaram definidas logo na primeira crónica:
“Tentar-se-á aqui fugir dos juízos morais que se transformam hoje amiúde em armas de combate político e de destruição, a fazer lembrar tempos inquisitoriais antigos que deveriam estar já bem enterrados. Optar-se-á sim por posições optimizadoras e construtivas, com o objectivo de poder contribuir para uma visão positiva da sociedade, que tão necessária é para melhorar a auto-estima dos concidadãos.”
Do sucesso ou insucesso dos escritos entretanto publicados quando observados à luz dos princípios assumidos ajuizará o leitor.
Algumas vezes me terei afastado mais do que gostaria do caminho traçado, mas o esforço sério para que tal não sucedesse foi real. Há evidentemente leitores que acham que vou por vezes longe demais na opinião emitida e existem outros que me criticam por ser demasiado brando em algumas matérias.
Penso que aquilo que verdadeiramente importa é o exercício activo de cidadania, expondo publicamente os pontos de vista pessoais o que, sem falsas modéstias, vai sendo cada vez mais raro na nossa sociedade. Cabe aqui agradecer os comentários recebidos ao longo deste tempo, quer os mais críticos, quer os favoráveis. É para isso mesmo que ao fundo de cada texto aparece o meu endereço electrónico. Saúdo uns e outros, consciente de que muitas vezes essas posições reflectem antagonismos profundos e mesmo preconceitos de vária ordem nuns casos e amizade demasiado indulgente noutros.
Cabe igualmente pedir desculpa aos leitores pelos erros ou gralhas que de vez em quando aparecem nos textos, apesar dos cuidados para que tal não suceda. Foi o caso da crónica da passada semana em que, após as numerosas alterações introduzidas no texto, ficaram duas palavras que lá não deviam estar.
Termino recordando que ser optimizador e construtivo é uma alternativa a ser meramente optimista ou pessimista, já que qualquer uma destas posições pode levar ao imobilismo e falta de vontade de melhorar a realidade.
Publicado no DC em 8 de Outubro de 2007
Sem comentários:
Enviar um comentário