domingo, 28 de outubro de 2007

O PROBLEMA

Mais uma vez surgem os rankings das escolas. A confiança nestas classificações não pode ser muita, porque os jornais as fazem muito à pressa a partir dos dados não trabalhados do Ministério da Educação. São no entanto importantes, porque reflectem resultados concretos e não quaisquer outras considerações teóricas.
Há um resultado constante em todos os rankings publicados: os primeiros lugares são sempre ocupados por escolas do ensino privado, à semelhança do que tem acontecido nos anos anteriores.
Sigificativamente, qual foi a reacção política mais notória a estes resultados? Precisamente a do Bloco de Esquerda que atirou sobre as escolas privadas, acusando-as de estarem a ser promovidas pela direita, ou mesmo pela extrema direita. Isto é, em vez de analisarem as razões dos maus resultados da maioria das escolas públicas, criticam o que é bom e deveria servir de exemplo.
Por mais descabida que seja, esta reacção deve no entanto ser tida em conta, porque provavelmente visa preparar o terreno para mais ataques ao ensino privado.
Nesta mesma altura, o Estado resolve acabar com as reprovações por faltas injustificadas. É mais um passo na direção do abismo, apenas para mascarar as etatísticas de resultados. Só apetece dizer: "shame on you".

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