Contra os meus hábitos, nestas últimas duas semanas comprei o SOL. Não gosto do jornal e parece-me que não terá grande futuro.
No entanto, estes dois últimos números devem ter sido um êxito absoluto de vendas, por causa da entrevista a prestações da D. Catalina da Casa Pia.
A senhora é uma personagem complicada, exemplo típico da baralhação mental da geração "soixante-huitard".
Só o facto de continuar a assumir-se como admiradora de Otelo deverá colocar-nos de sobreaviso. As fotografias do bandido do CHE também não ajudam muito.
E no entanto...
As afirmações da senhora são de tal ordem, que das duas uma: ou vai a tribunal levada pelos defensores do tal ex-ministro, ou o próprio regime perde totalmente a sua credibilidade.
Não se compreende que as afirmações da senhora fiquem totalmente sem consequências.
Aliás, para provar a gravidade da situação, basta verificar as reacções dos autores do "Causa Nossa". Raramente tenho assistido a tal violência de linguagem.
Se esta entrevista não tiver consequências sérias, não será preciso mais nenhuma prova de que algo está podre no reino da Dinamarca, aliás república de Portugal.
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